Então é Natal e o que você fez?
Em um dia 25, depois de 11 meses repetindo essa data, ela
caiu na real. Talvez tarde demais, talvez outra chance de repensar ou talvez,
apenas o talvez.
O sino soava alto lá fora, naquela rua cheia de pessoas, mas
vazia de essência. A correria de um dia “especial” provocava um sentimento
estranho de loucura, talvez insanidade por coisas tão passageiras.
Ela não compreendia e não esperava nada deste dia. Sentada naquela
poltrona, sentindo a força do vento tocar sua face, ela desejava que o dia
terminasse bem. Sem presentes, sem surpresas, mas um turbilhão de
considerações.
Parada em um instante de lembranças, se deu conta dos
momentos incríveis que compuseram sua história e percebeu que parecia um filme
que ela se lembra de ter assistido. Como se nunca tivesse vivido aquela
história, ela admirava cada cena assistida por seus olhos que estavam para
transbordar em lágrimas contínuas.
Sem perceber suas próprias reações, levantou-se como que com
um salto enorme e decidiu. Decidiu que não podia mais viver a vida de outros,
decidiu que não podia mais deixar que outros ditassem suas atitudes,
pensamentos e decisões e decidiu que desenvolveria um amor por si mesma que ela
ainda não conhecia.
Com toda essa garra desconhecida, ela descobriu o ponto
exato de toda sua vida até ali: não mais seria espectadora de sua própria vida,
não mais seria coadjuvante, mas acordaria dia após dia para protagonizar sua
história e mais do que isso: FAZER E MARCAR HISTÓRIAS!
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