segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Degraus.

Era só mais um dia nublado de uma semana que iniciou atrás das nuvens. Um dia como qualquer outro, não fosse pela mente que jamais parava de caminhar, correr, perscrutar desesperadamente sem saber onde parar.
O único desejo era conseguir que uma boa xícara de café fresco pausasse tudo aquilo por alguns segundos enquanto ela recostava em seu sofá que mais parecia abraçá-la. Com um turbilhão de pensamentos e sua confortável posição, o mundo dos sonhos a invadiu levando-a a um sono profundo.

O caminho era iluminado a cada passo dado, como se cada minuto fosse apresentar novos espetáculos. Em todos os km percorridos, ela podia enxergar cada conquista de sua vida, cada pequeno sonho realizado, cada sonho que brotou com o tempo e que muitos tentaram apagar.  

Mas o que causava extrema estranheza era que em toda essa história, ela não encontrava seus erros, fracassos, dificuldades. Questionando-se o motivo de tudo isso ter sumido, ela enxerga degraus esquisitos, como se criado por alguém mais forte do que tudo aquilo. Era como se aqueles degraus jamais pudessem ser destruídos, eles resistiriam às tempestades, aos tufões e furações.

Como alguém que carrega a intensidade da curiosidade, ela saiu em busca de alguma explicação. Passos largos, olhos fitos e apenas um objetivo. Caminhando cada vez mais rápido e murmurando palavras que não saberia explicar, tentava jamais se desviar. Percorria um caminho que parecia o mais longo de toda sua vida.

Mas quando avistou algo que poderia lhe trazer esperança, abriu os olhos, como que lançada do mundo dos sonhos e em sua mente só pairava uma frase:


“Todos estes degraus te trouxeram até aqui! Cada lágrima projetou a fortaleza que mantém essa estrutura em pé e cada sonho construirá os pilares de uma realização inimaginável!”

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