sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Aquele moço do terceiro andar. Era assim que todos o conheciam e por um bom tempo isso bastava. Mas aquela manhã o fez pensar e percebeu que se as pessoas se lembravam dele apenas por isso, então sua presença não estava marcando vidas.
Questionou consigo mesmo, um monólogo que mais parecia diálogo. Queria entender toda aquela confusão, era como se dois lados habitassem em um mesmo ser. Mais do que isso, não podia se contentar, precisava ser mais que apenas o moço do terceiro andar.
Ele poderia marcar vidas. Ele poderia ter mais amigos, menos conhecidos. Ele desejava alcançar corações e conhecer sentimentos, ainda que estivesse assustado com os próprios sentimentos. Aquele moço queria mais.
Encontrou fotos antigas, resgatou lembranças e decidiu encarar. Enfrentar medos, dificuldades e traumas. Alcançar sonhos e trazê-los a realidade.

Sem medo de viver e um anseio de voar. Encontrar asas que lhe foram dadas desde a infância. Não queria mais abandonar desejos, mas transformá-los em algo pelo qual vale a pena lutar!

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