Com a insistência de um motorista apressado, ela vivia uma
saga: dar partida, acelerar, insistir, permanecer e se frustrar.
Ela decidiu. Não muito certa, mas não podia postergar.
Acionou aquela bússola presente apenas em momentos como esse, já que o coração
não mais sabia as direções corretas. Todos os caminhos continham uma história,
mas após sua análise racional, decidiu trilhar o desconhecido, sem coordenadas
específicas, sem um rumo detalhado e... Sem mais!
Passo a passo ia construindo uma estrada que jamais poderia
ser apagada. Pois, ainda que ninguém a enxergasse, cada detalhe estaria vivo em
suas memórias. E se foi, conduzindo cada acorde da canção que narrava sua vida
como se uma orquestra aguardasse o término para estrear e se tudo fosse apenas
uma sinfonia, seria construída com harmonias únicas de algo que não pode se
repetir.
Em meio a uma jornada intensa, ela descobriu que jamais
poderia parar. Não seria um adeus ou a falta dele, não seriam as palavras duras
ou a falta delas, não seria o momento final ou o que sobrou dele que a faria
encarar o fim de sua vida. Ela descobriu que tudo aquilo era apenas o início,
desde que ela decidisse enxergar assim.
Descobrindo novas paixões, decidiu entregar-se mais uma vez.
E ainda que não dê certo, ela se permitirá uma vez mais. Pois, que é a vida, senão
um recomeço?
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