Dias após os momentos mais difíceis de uma vida marcada por
tantas voltas, ainda restava um caminho a ser trilhado. Ela jamais poderia
parar, desistir ou retornar porque essas três possibilidades a levariam para
caminhos sem volta.
Então, ela decidiu fazer uma pausa, como o intervalo de um
jogo, como um tempo para o café, como um sono de descanso, como o renovo para a
corrida, pois a vida é exatamente essa maratona insubstituível. O que precisava
descobrir era se devia correr ou apenas caminhar.
De volta aos trilhos, ela percorria o caminho ainda
precisando parar nas estações das lembranças. Algumas delas tinham nomes,
outras tinham datas e outras apenas lances na memória de um passado bom. Talvez
ela pudesse saltar cada estação, mas a liberdade estava em justamente enfrentar
os sentimentos um dia vividos e não mais evitar.
Como a saga de um filme, ela precisava encarar, pois cada
instante desenhava os alicerces de um futuro ansioso por chegar. Colunas proporcionando
equilíbrio, marcos de cada construção, para que o resultado final não seja
menos do que o sonhado.
Enquanto isso, a pressa perdeu seu lugar. Em passos
curtos ela caminha por este espaço largo vivendo as aventuras que só a constância
proporcionará.
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