“A vida é como um eco”. Diziam
alguns. O que não sabemos é se os reflexos são justos quanto ao que trazem de
volta.
Se vivemos diante de espelhos que
nos mostram a realidade mais pura de quem somos, o que dizer de atitudes que
nos fazem desconhecer nosso próprio eu? Tal linha de pensamento nos levaria a
questionar se realmente conseguimos enxergar os reflexos realísticos daqueles
que nos cercam. Se eu posso me surpreender com o que vejo de mim mesma, qual
não será a surpresa que me aguarda ao descobrir a complexidade da convivência com
seres tão imperfeitos como eu.
Talvez o segredo seja que de
alguma forma todos esperem de nós a perfeição, ainda que sutilmente. Essa esperança
gera em nós expectativas que só poderão ser frustradas, pois o nível mais alto
que poderemos atingir será a melhora constante.
É preciso descobrir por onde vale
a pena seguir, se é válido alcançar novos voos ou permanecer em um caminho de
passos curtos. E ainda que a vontade de parar seja maior que o anseio de
continuar, não podemos frear uma montanha russa que não é controlada por nós. E
maior do que o medo dos altos e baixos será o risco de saltar sem saber o que
nos espera lá embaixo, pois a queda é inevitável.